Mercado Profissional Para Acupunturistas
A Medicina Tradicional Chinesa, a valorização do profissional e as oportunidades no Brasil
Descrição:
A acupuntura, originária da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), evoluiu de prática ancestral para uma intervenção terapêutica reconhecida e buscada no mundo contemporâneo. Este artigo analisa o cenário profissional para acupunturistas no Brasil: fundamentos da MTC, nível de valorização profissional, média de remuneração, quadro legal atual e requisitos práticos para ingressar e prosperar na carreira.
Objetivo:
Oferecer ao leitor (profissional ou interessado) um panorama conciso e fundamentado sobre: o embasamento teórico da acupuntura; o posicionamento e a valorização do acupunturista no mercado brasileiro; dados de remuneração e demanda; o status da legislação; e passos práticos para quem deseja iniciar a trajetória profissional com segurança e estratégia.
Breve contextualização: a Medicina Tradicional Chinesa (MTC)
A MTC é um sistema médico milenar que descreve a saúde como resultado do equilíbrio entre forças (Yin/Yang) e do fluxo de energia vital (“qi”) pelos meridianos. A acupuntura, dentro desse sistema, consiste na estimulação de pontos específicos (com agulhas finas e técnicas complementares) para restaurar o equilíbrio e estimular processos de autorregulação do organismo. A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) define acupuntura dentro desse arcabouço conceitual e a reconhece como prática integrada ao cuidado em saúde.
Por que a acupuntura tem ganhado valorização profissional?
Nos últimos anos, houve uma incorporação crescente das Práticas Integrativas e Complementares (PICS) no SUS e nas redes de atenção à saúde, o que elevou a visibilidade e a demanda por profissionais habilitados em terapias como a acupuntura. Atualmente as PICS estão implementadas em parcela significativa dos municípios brasileiros, o que amplia canais de atuação e legitima a prática como componente do cuidado populacional. Esse movimento institucional cria um ambiente favorável para acupunturistas bem formados, que oferecem integração de técnicas (moxaterapia, ventosas, auriculoterapia, aromaterapia etc.), pois agregam diferenciação e valor à prática clínica.
Mercado e perspectivas (dados e projeções)
A demanda global e regional por terapias complementares tem apresentado crescimento consistente, com relatórios de mercado apontando forte expansão projetada para o setor de acupuntura nas próximas décadas — indicador de que a prática tende a se manter em alta demanda. No cenário nacional, estudos e levantamentos recentes apontam faixa salarial média entre aproximadamente R$ 2.000 a R$ 4.000, com valor médio reportado em torno de R$ 2.600 a R$ 3.000 mensais para profissionais que atuam de forma contínua — variando conforme carga horária, localidade, formação e modelo de atendimento (avulso, pacotes, convênio ou SUS). Esses números confirmam que há espaço para remuneração competitiva, especialmente se o profissional trabalhar fidelização, pacotes e diferenciação de serviço.
Situação legal e regulatória no Brasil
A regulamentação específica da acupuntura tem avançado no Congresso: o Projeto de Lei (PL) nº 5.983/2019, que trata da regulamentação do exercício da acupuntura, avançou em tramitação e passou por comissões importantes recentemente, aproximando-se de votação em Plenário — o que tende a trazer maior clareza sobre requisitos de formação e limites de atuação. Até que haja regulamentação final, a acupuntura é exercida no país por profissionais de saúde habilitados (médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, biomédicos, entre outros) que complementam sua formação com cursos e pós-graduação em acupuntura. Por isso, manter documentação de formação e qualificação é essencial para atuar com segurança jurídica e ética.
O que é necessário hoje para ingressar e se destacar como acupunturista
- Formação base: possuir formação na área da saúde (ex.: Biomedicina, Enfermagem, Fisioterapia, Medicina etc.).
- Especialização em Acupuntura/MTC: curso de pós-graduação reconhecido e com carga horária prática e teórica adequada.
- Desenvolver um portfólio terapêutico: integrar acupuntura com técnicas complementares (ventosas, moxa, auriculoterapia, aromaterapia) agrega valor.
- Organização do modelo de atendimento: definir preços coerentes, planejar pacotes e controlar insumos.
- Posicionamento de autoridade: presença digital e parcerias profissionais fortalecem a credibilidade.
Conclusão e chamada à ação
A acupuntura hoje é uma prática consolidada dentro do universo das terapias integrativas, com forte potencial de crescimento e oportunidades reais no Brasil. Para o profissional, a chave é aliar qualidade técnica, diferenciação e gestão inteligente. Se você já tem base em Ciências da Saúde, investir em especialização de qualidade e construir uma oferta de valor é o caminho mais seguro para alcançar boa remuneração e independência profissional.
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Referências:
- EBRAMEC. Mercado de Acupuntura está projetado para crescer em US$ 199,41 bilhões até 2032. Ebramec — Notícias, 2024. Disponível em: link.
- MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Práticas Integrativas e Complementares em Saúde — PICS. Disponível em: link.
- PNPIC — Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS. 2ª edição. Brasília: Ministério da Saúde. Disponível em: link.
- POSUSCS. Pós-graduação em Acupuntura: como é o curso e qual a remuneração após a formação. 2024. Disponível em: link.
- SENADO FEDERAL. PL 5.983/2019 — Regulamenta o exercício profissional de acupuntura. Disponível em: link.

Adorei o artigo !
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